sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Três

A embriagues nunca me atrapalhou a dirigir. Mas dessa vez eu não conseguia, seria suicídio continuar. Eis que resolvo voltar. Já era tarde demais pra continuar e o sono insistia em me atordoar.
(...)
Já é de manhã e eu me deparo com você batendo na janela do carro tentando me acordar, você chora muito e eu não consigo entender porque... Quando finalmente voltei a mim consegui entender o porque de tudo. A colisão no portão da sua casa e esse corte profundo na minha testa conseguiu assustá-la bastante. Eu realmente não sei como fui parar ali, mas a vontade instantânea de rir era maior do que todos os até então problemas causados. Agora sim você tem motivos o bastante para não me entender. Eu caia em gargalhada enquanto sua mãe já acordava e abria a janela do quarto dela. Seus vizinhos começavam a fazer o mesmo e em poucos instantes já havia uma grande aglomeração de curiosos.
(...)
- ...amanhã cedo ele terá alta, o prejuízo maior foi com o carro.
- Mas e quanto ao corte?
- 7 pontos, mas tudo correu bem.
Aos dizer essas palavras o doutor realmente transbordava calma, mas você não conseguia disfarçar sua aflição. Foi a partir desse diálogo que percebi que é realmente necessário recapitular tudo. Estávamos no fundo do poço mas você ainda conseguia gostar de mim. Aonde diabos eu fui deixar a minha consideração por você?

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